Devido ao facto de ontem ter ficado a saber que o meu blog é diariamente visitado (muito agradeço), decidi escrevinhar aqui qualquer coisa só mesmo para o Zé depois não me dizer: passo por lá todos os dias mas está sempre na mesma.
Então..
..digo-vos que a coisa anda complicada! Mucho trabalhinho! Adivinha-se uma ou mais directas.. ah poizé!
Clássicas é bonito mas tira-me alguma da saúde mental (da que me resta). Contudo, recomendo bastante ^^
E pronto, ja actualizei.
Despeço-me com amizade,
G.S.
quarta-feira, 21 de novembro de 2007
quinta-feira, 25 de outubro de 2007
Os dez mandamentos do estudante
1. Nasce cansado e vive para descansar;
2. Ama a tua cama como a ti mesmo;
3. Se vires alguém a descansar não hesites, ajuda-o;
4. Descansa durante o dia para dormir durante a noite;
5. Não estudes hoje o que podes estudar amanhã;
6. O estudo é sagrado, não lhe toques;
7. Nunca ninguém morreu por descansar;
8. Quando te der vontade de estudar, senta-te num canto e espera que passe;
9. Se estudares durante o dia não estudes durante a noite, poupa energia;
10. Se estudar dá saúde, que estudem os doentes.
Amen.
2. Ama a tua cama como a ti mesmo;
3. Se vires alguém a descansar não hesites, ajuda-o;
4. Descansa durante o dia para dormir durante a noite;
5. Não estudes hoje o que podes estudar amanhã;
6. O estudo é sagrado, não lhe toques;
7. Nunca ninguém morreu por descansar;
8. Quando te der vontade de estudar, senta-te num canto e espera que passe;
9. Se estudares durante o dia não estudes durante a noite, poupa energia;
10. Se estudar dá saúde, que estudem os doentes.
Amen.
quinta-feira, 6 de setembro de 2007
"Para ser grande, sê inteiro"
Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive.
Poema de Ricardo Reis (Fernando Pessoa)
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive.
Poema de Ricardo Reis (Fernando Pessoa)
segunda-feira, 20 de agosto de 2007
"Canta, ó deusa, a cólera de Aquiles..."
«Suspirando profundamente lhe respondeu Aquiles de pés velozes:
"Minha mãe, na verdade estas coisas cumpriu para mim o Olímpio. Mas que satisfação tenho eu nisso, se morreu o companheiro amado, Pátroclo, a quem eu honrava acima de todos os outros, como a mim próprio? Perdi-o! E Heitor, que o matou, despiu-lhe as armas, grandes e belas (maravilha de se ver), presentes gloriosos que os deuses deram a Peleu no dia em que te empurraram para a cama de um homem mortal. Prouvera que entre as imortais deusas marinhas tivesses ficado a viver, e que Peleu tivesse desposado uma mulher mortal! Mas agora para que também a ti chegue a dor desmedida - pelo filho morto, nunca mais receberás de novo, regressado a casa, visto que o meu ânimo não me compele a viver entre homens e com eles coexistir, se primeiro Heitor não perder a vida golpeado pela minha lança e pagar a espoliação de Pátroclo, filho de Menécio."»
HOMERO, "Ilíada", trad. F. Lourenço. Cotovia, Lisboa 2005, p.370
"Minha mãe, na verdade estas coisas cumpriu para mim o Olímpio. Mas que satisfação tenho eu nisso, se morreu o companheiro amado, Pátroclo, a quem eu honrava acima de todos os outros, como a mim próprio? Perdi-o! E Heitor, que o matou, despiu-lhe as armas, grandes e belas (maravilha de se ver), presentes gloriosos que os deuses deram a Peleu no dia em que te empurraram para a cama de um homem mortal. Prouvera que entre as imortais deusas marinhas tivesses ficado a viver, e que Peleu tivesse desposado uma mulher mortal! Mas agora para que também a ti chegue a dor desmedida - pelo filho morto, nunca mais receberás de novo, regressado a casa, visto que o meu ânimo não me compele a viver entre homens e com eles coexistir, se primeiro Heitor não perder a vida golpeado pela minha lança e pagar a espoliação de Pátroclo, filho de Menécio."»
HOMERO, "Ilíada", trad. F. Lourenço. Cotovia, Lisboa 2005, p.370
Pensando em ti
Se ainda não esqueceste
As manhãs em que a sorrir nos levantámos depois
De uma noite sem dormir
Se ainda não esqueceste
O acordar da tristeza ao ver as horas passar
E o jantar frio na mesa
Se ainda não esqueceste
Cartas que então escrevi
Se ainda abres por vezes os livros que te ofereci
Se ainda sabes de cor as cores que sempre vesti
Canções que sempre cantei
E as cores que sempre escolhi.
Sabes eu ainda passo muitas noites sem dormir
Mas de manhã ao levantar sinto frio e já não sei sorrir
E as cartas que te escrevo
Mas que acabo por rasgar
São sempre iguais
Só falam de amor
Pedem-te para voltar.
Se ainda não esqueceste
Os momentos de prazer que uma criança nos deu
Desde que a vimos nascer
Ao fim de um dia de Verão
Passeios à beira-mar
Deixando atrás pela areia
Os pés marcados a par
Se ainda não esqueceste
Os silêncios que quebrei
Para não dizer-te a chorar:
"Foste a única que amei!"
Se ainda não esqueceste
O dia em que nasci
A nossa primeira noite
O pouco que te pedi.
Canção composta em 1976 pertencente ao ex-grupo musical Gemini (Tozé Brito, Mike Sergeant, Teresa Miguel e Isabel Ferrão).
As manhãs em que a sorrir nos levantámos depois
De uma noite sem dormir
Se ainda não esqueceste
O acordar da tristeza ao ver as horas passar
E o jantar frio na mesa
Se ainda não esqueceste
Cartas que então escrevi
Se ainda abres por vezes os livros que te ofereci
Se ainda sabes de cor as cores que sempre vesti
Canções que sempre cantei
E as cores que sempre escolhi.
Sabes eu ainda passo muitas noites sem dormir
Mas de manhã ao levantar sinto frio e já não sei sorrir
E as cartas que te escrevo
Mas que acabo por rasgar
São sempre iguais
Só falam de amor
Pedem-te para voltar.
Se ainda não esqueceste
Os momentos de prazer que uma criança nos deu
Desde que a vimos nascer
Ao fim de um dia de Verão
Passeios à beira-mar
Deixando atrás pela areia
Os pés marcados a par
Se ainda não esqueceste
Os silêncios que quebrei
Para não dizer-te a chorar:
"Foste a única que amei!"
Se ainda não esqueceste
O dia em que nasci
A nossa primeira noite
O pouco que te pedi.
Canção composta em 1976 pertencente ao ex-grupo musical Gemini (Tozé Brito, Mike Sergeant, Teresa Miguel e Isabel Ferrão).
sexta-feira, 17 de agosto de 2007
Adeus
Já gastamos as palavras pela rua, meu amor,
e o que nos ficou não chega
para afastar o frio de quatro paredes.
Gastámos tudo menos o silêncio.
Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,
gastámos as mãos à força de as apertarmos,
gastámos o relógio e as pedras das esquinas
em esperas inúteis.
Meto as mãos nas algibeiras
e não encontro nada.
Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro!
Era como se todas as coisas fossem minhas:
quanto mais te dava mais tinha para te dar.
Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes!
E eu acreditava!
Acreditava,
porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.
Mas isso era no tempo dos segredos,
no tempo em que o teu corpo era um aquário,
no tempo em que os teus olhos
eram peixes verdes.
Hoje são apenas os teus olhos.
É pouco, mas é verdade,
uns olhos como todos os outros.
Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor...
já não se passa absolutamente nada.
E, no entanto, antes das palavras gastas,
tenho a certeza
de que todas as coisas estremeciam
só de murmurar o teu nome
no silêncio do meu coração.
Não temos nada que dar.
Dentro de ti
não há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.
Adeus.
Poema de Eugénio de Andrade, brilhantemente, interpretado por um elemento da Tum'Acanénica do Instituto Politécnico de Leiria, mais propriamente da Escola Superior de Educação.
e o que nos ficou não chega
para afastar o frio de quatro paredes.
Gastámos tudo menos o silêncio.
Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,
gastámos as mãos à força de as apertarmos,
gastámos o relógio e as pedras das esquinas
em esperas inúteis.
Meto as mãos nas algibeiras
e não encontro nada.
Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro!
Era como se todas as coisas fossem minhas:
quanto mais te dava mais tinha para te dar.
Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes!
E eu acreditava!
Acreditava,
porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.
Mas isso era no tempo dos segredos,
no tempo em que o teu corpo era um aquário,
no tempo em que os teus olhos
eram peixes verdes.
Hoje são apenas os teus olhos.
É pouco, mas é verdade,
uns olhos como todos os outros.
Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor...
já não se passa absolutamente nada.
E, no entanto, antes das palavras gastas,
tenho a certeza
de que todas as coisas estremeciam
só de murmurar o teu nome
no silêncio do meu coração.
Não temos nada que dar.
Dentro de ti
não há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.
Adeus.
Poema de Eugénio de Andrade, brilhantemente, interpretado por um elemento da Tum'Acanénica do Instituto Politécnico de Leiria, mais propriamente da Escola Superior de Educação.
quarta-feira, 8 de agosto de 2007
Porquê aprender línguas clássicas?
Ora bem, porquê aprender línguas clássicas?
Confesso que antes de me iniciar no estudo do Latim, a minha opinião era igual ou semelhante à de muitas outras pessoas: aprender Latim? porquê? não serve para nada, é uma língua morta!
Digo (a quem pensa isto) que essa ideia é ERRADA!
No início do ano lectivo 2006/2007, aquando da minha matrícula na Faculdade, o rapaz que me ajudou na inscrição pôs-me à frente uma lista de cadeiras opcionais entre as quais se encontrava o Latim. Eu pensei: Vou escolher Latim e espero não me arrepender!
E assim foi!
O ano começou e com ele a "língua morta". Ao princípio, confesso, que me foi um pouco difícil entrar na maneira de pensar que o Latim exige mas com alguma prática e dedicação, esta cadeira acabou por se tornar na minha preferida ao longo do ano e digo com toda a certeza (e citando um professor) que aprender Latim (e Grego) alarga os nossos horizontes e faz-nos ver as coisas de outra forma.
Esta é a minha opinião em relação ao Latim. Quanto ao Grego não posso, por enquanto, falar pois ainda não tive a honra de poder estudar tal língua mas acredito que também "escancare" horizontes como o Latim.
Em suma, e após todo este discurso, digo a toda esta boa gente que anda por aí que SIM, deve aprender-se Latim e Grego SIM!!
Texto escrito pela minha pessoa na esperança de cativar mais gente para a aprendizagem das línguas clássicas.
Confesso que antes de me iniciar no estudo do Latim, a minha opinião era igual ou semelhante à de muitas outras pessoas: aprender Latim? porquê? não serve para nada, é uma língua morta!
Digo (a quem pensa isto) que essa ideia é ERRADA!
No início do ano lectivo 2006/2007, aquando da minha matrícula na Faculdade, o rapaz que me ajudou na inscrição pôs-me à frente uma lista de cadeiras opcionais entre as quais se encontrava o Latim. Eu pensei: Vou escolher Latim e espero não me arrepender!
E assim foi!
O ano começou e com ele a "língua morta". Ao princípio, confesso, que me foi um pouco difícil entrar na maneira de pensar que o Latim exige mas com alguma prática e dedicação, esta cadeira acabou por se tornar na minha preferida ao longo do ano e digo com toda a certeza (e citando um professor) que aprender Latim (e Grego) alarga os nossos horizontes e faz-nos ver as coisas de outra forma.
Esta é a minha opinião em relação ao Latim. Quanto ao Grego não posso, por enquanto, falar pois ainda não tive a honra de poder estudar tal língua mas acredito que também "escancare" horizontes como o Latim.
Em suma, e após todo este discurso, digo a toda esta boa gente que anda por aí que SIM, deve aprender-se Latim e Grego SIM!!
Texto escrito pela minha pessoa na esperança de cativar mais gente para a aprendizagem das línguas clássicas.
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